Saiba as diferenças entre especulação, hedge e arbitragem!
03 agosto 2020 - 18:56 | Atualizado em 27 outubro 2022 - 16:01
Você conhece os derivativos financeiros? Eles são uma categoria de ativos cujos valores se alteram dependendo do comportamento de outros produtos. Exemplos deles são índices, câmbio, opções, futuros e commodities. Entretanto, para conseguir lucrar com os derivativos, é crucial entender as operações de arbitragem, especulação e hedge.
Neste artigo, listamos e explicamos o que exatamente são esses conceitos, para que servem, porque são importantes, bem como quais são as principais diferenças entre essas opções. Confira!
O que é especulação, hedge e arbitragem?
De forma geral, são estratégias aplicadas na negociação de derivativos na Bolsa de Valores (B3), sendo usadas principalmente em produtos ou ativos em que há muitas variações de preço.
Hedge
Essa é uma proteção integral ou parcial concedida ao investidor contra alterações de preços. O risco é minimizado nesse tipo de operação, mas os lucros são reduzidos ou nulos.
Na prática, o hedger fixa o preço de uma mercadoria ou ativo antecipadamente. Caso ocorra uma queda brusca do valor, o player terá uma garantia do preço de venda.
Especulação
Consiste em tomar uma posição no mercado futuro ou fazer opções sem uma posição segura. O indivíduo assume riscos elevados com a expectativa e recebe ganhos bem maiores. O objetivo é alavancar os lucros com as tendências de preços.
O especulador pode deixar posições abertas de um dia para o outro, por períodos mais curtos ou bem mais longos. Se o ativo é comprado e vendido no mesmo dia, essa operação pode ser enquadrada como day trade.
Arbitragem
Essa técnica tem a finalidade de aproveitar das diferenças de preços de um ativo que é negociado em diferentes mercados. Resumidamente, compra-se um ativo onde está mais barato para vendê-lo onde está mais valorizado, seja à vista ou no futuro. Os arbitradores eliminam distorções do mercado e conseguem obter lucro sem riscos.
Quais são as principais diferenças entre essas estratégias?
Nos tópicos abaixo apresentamos as diferenças práticas entre essas técnicas no que diz respeito à segurança, aplicação e liquidez.
Seguro de preços
A especulação é considerada a tática mais arriscada e agressiva, já que nela o investidor assume o risco da oscilação de preços.
Quanto ao hedge, ele é mais seguro pelo fato de reduzir os riscos futuros que sondam os ativos. A arbitragem também é segura, já que nele se aproveita de imperfeições momentâneas do mercado.
Aplicação
Geralmente o hedge é mais utilizado em commodities, índice e câmbio, já que são mercados com grande imprevisibilidade.
Por exemplo, as commodities sofrem constantes pressões internacionais sobre o preço de venda. Além de estarem sujeitas a eventos naturais que impactam. Mas o investidor pode se proteger de eventuais quedas do preço com o hedge.
A especulação é utilizada principalmente no mercado de ações. É importante que os players apliquem um montante que não seja crucial para subsistência, já que o risco de perda é mais elevado.
A arbitragem é usada em diferentes mercados, mas é preciso que o capital alocado seja maior para obter lucros substanciais. Por isso, essa técnica é utilizada por grandes instituições ou investidores.
Liquidez das operações
O hedge exige prazos mais longos para abertura e fechamento de operações, por isso ele tem uma baixa liquidez. Quanto à arbitragem e especulação, a liquidez é maior pelo fato das operações serem mais rápidas.
Ressalta-se que os especuladores exercem um papel fundamental no aumento da liquidez dos ativos, pois eles estão frequentemente injetando dinheiro no mercado.
O conhecimento sobre a arbitragem, hedge e especulação será a diferença entre o fracasso e o sucesso nas suas operações no mercado financeiro. Essas são estratégias que permitem que você gerencie melhor os riscos e tome as melhores decisões para alcançar seus objetivos.
Siga-nos agora mesmo nas redes sociais! Estamos sempre trazendo novas publicações no Facebook, Instagram e Twitter!
0 Comentários