Albert Einstein
Albert Einstein (1879-1955) foi um físico alemão nascido na cidade de Ulm, na Alemanha, onde seu pai tinha uma oficina eletrônica. Era filho de judeus não praticantes. Antes de nascer, os negócios de sua família não iam muito bem, e, por isso, o nascimento de Einstein levou a família a mudar-se para Munique, capital da Baviera, onde esperavam conseguir melhores condições financeiras.
Foi nessa cidade que Einstein recebeu sua educação formal. Quando criança, não apresentava grandes sinais de genialidade, mas também não era um mau aluno. Tinha claramente uma preferência para as matérias que exigiam raciocínio lógico, como a Matemática.
Formou-se em Matemática e Física com 21 anos de idade, no ano de 1900. Durante o seu período de graduação, Einstein não foi considerado o melhor dos alunos. Como ele mesmo confessou em suas notas autobiográficas, o então aluno faltava às aulas para fazer suas leituras e preocupava-se demasiadamente com questões fundamentalmente mais complexas e adiantadas àquelas superficiais que lhe eram ministradas em sua graduação.
Depois de graduado, Einstein passou um longo tempo sem emprego. Queria ocupar o cargo de professor-assistente, mas não conseguiu. Dessa forma, um de seus amigos, Grossman, arranjou-lhe um emprego no Departamento Oficial de Patentes de Berna, em 1902. Einstein permaneceu nesse cargo até 1909.
Einstein foi casado entre 1903 e 1913 com uma colega de classe, Mileva Maric. Da união nasceram dois filhos. Seu cargo e salário possibilitaram uma vida tranquila a Einstein, que dedicou grande parte de seu tempo à pesquisa.
Produção científica
Em 1896, Einstein ingressou no Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, em Zurique e, aos 26 anos, publicou sua teoria da relatividade especial.
Em 1905, cinco anos após a sua graduação, Einstein publicou quatro artigos, na revista científica alemã Annalen der Physik, que mudaram completamente o paradigma da Física vigente. O primeiro desses trata do movimento browniano. Nele, Einstein explica o movimento das pequenas moléculas que pairam sobre a superfície dos líquidos.
Seu segundo trabalho publicado nesse ano trata das causas do efeito fotoelétrico. Nessa publicação, Einstein sugere que a natureza da luz nesse fenômeno era corpuscular, ou seja, a luz é composta por pequenos pacotes de energia sem massa: os fótons.
A explicação dada por Einstein para o efeito fotoelétrico deu origem ao que chamamos de dualidade onda-partícula. Hoje, sabemos que algumas partículas, como os prótons e os elétrons, podem comportar-se como onda ou partícula.
O terceiro artigo produzido por Einstein trata da sua teoria da relatividade especial, na qual Einstein propõe que tempo e espaço não são absolutos, mas dependem do observador, contrariando toda a Mecânica newtoniana conhecida à época ao trazer conceitos totalmente novos para a Física, como a dilatação temporal e a contração espacial.
Alguns anos mais tarde, Einstein desenvolveu a teoria da relatividade geral, que trata da deformação do espaço e do tempo causada por corpos massivos. Uma das consequências de sua teoria era a possibilidade da existência de ondas gravitacionais, cuja existência só pôde ser confirmada no ano de 2017, em razão da inexistência de tecnologias capazes de detectar esse tipo de onda e, também, do acontecimento de um evento astronômico de grande escala, capaz de produzir ondas gravitacionais detectáveis, como a colisão de dois buracos negros supermassivos.
Em sua quarta publicação desse ano, Einstein detalhou o desenvolvimento matemático da teoria de relatividade e apresentou ao mundo sua famosa relação de equivalência entre massa de repouso e energia:
E = mc2
A relação acima foi utilizada para os cálculos da energia que é liberada em reações nucleares. Com base nesses cálculos, diversas aplicações tecnológicas surgiram, tais como as usinas e as ogivas nucleares.
Nobel de Física
Apesar das enormes contribuições para as mais diversas áreas da Física, Albert Einstein somente foi laureado com o prêmio Nobel de Física no ano de 1921, não pela teoria da relatividade, mas pela explicação do efeito fotoelétrico.
Graças à sua explicação para o efeito fotoelétrico, existem hoje as células fotovoltaicas, capazes de converter a energia carregada pelos fótons — as partículas de luz — em correntes elétricas que alimentam residências, fábricas e propriedades rurais ao redor do mundo.
Morte
Einstein faleceu em 1955, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. O físico passou os últimos anos de sua vida em busca de uma teoria que unificasse todas as forças da natureza: estava à procura de uma única lei geral capaz de explicar todas as interações do universo.
Curiosidades sobre Einstein
Há quem acredite que Einstein não era bom em Matemática. Na verdade, Einstein sempre teve excelente domínio da Matemática, e isso se mostrou verdadeiro face à sua vasta produção científica.
Einstein teve um desenvolvimento tardio de sua fala: somente passou a comunicar-se verbalmente aos quatro anos de idade.
Após separar-se de sua esposa, Mileva Maric, Einstein casou-se com sua prima, Elsa Lowenthal.
Einstein mudou-se da Alemanha para os Estados Unidos durante o regime nazista. Na época, havia um prêmio de $5.000 para quem o capturasse. Os nazistas acreditavam que Einstein era um espião norte-americano.
Einstein escreveu uma carta ao presidente dos Estados Unidos da América, Frank Delano Roosevelt, sugerindo que os EUA produzissem a bomba atômica o mais rápido possível, antes que os físicos nazistas o fizessem. Em seus anos finais, Einstein mostrou-se arrependido quanto a isso e era totalmente contra o uso das ogivas nucleares.
Após se formar, Einstein passou quase 10 anos sem conseguir emprego na Academia. Seus professores consideravam-no brilhante, porém, rebelde e indisciplinado, por isso, recusavam-se a recomendá-lo para outras instituições.
Dois anos antes de ganhar o prêmio Nobel de Física, Einstein havia prometido dá-lo à sua esposa, como parte de um acordo de divórcio. Quando foi laureado, Einstein deu-lhe todo o prêmio.
Após a morte do primeiro presidente de Israel, Einstein foi convidado para tornar-se presidente, mas declinou a proposta.
O cérebro de Albert Einstein foi roubado por um patologista que participou de sua autópsia: Thomas Harvey, o qual manteve o órgão preservado por mais de 40 anos.
Os estudos feitos sobre o cérebro de Einstein mostram que o seu lobo parietal, a região do cérebro responsável pelo pensamento matemático, era 15% maior que a média humana.
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