TEORIA DE VALOR, DE PREÇO, DE SALÁRIO E
DOS LUCROS:
NA PRESPECTIVA ADAM SMITH, DAVID
RICARDO, JEAN BAPTISTA SAY, KARL MARX, WILLIAM STANLEY JEVONS, FRIEDRICH VON
WIESER E CARL MENGER.
INTRODUÇÃO
A teoria subjetiva do valor, também chamada de teoria do valor subjetivo ou teoria do valor marginal é uma teoria do valor que explica que o valor de um produto não está em si mesmo mas sim na mente de quem quer adquiri-lo. Isto é, o valor do produto não está relacionado com os produtos agregados ou trabalho realizado. A esta teoria opõe-se a teoria do valor-trabalho. O valor subjetivo é uma das teorias mais importantes da Escola Austríaca de Economia e da Economia Neoclássica. O valor só pode ser deduzido a priori. Em última análise os produtos só têm valor porque as pessoas desejam estes produtos. Logo, quanto mais as pessoas querem esses produtos, maior será o valor em causa.É importante notar que esta teoria também enfatiza a importância da quantidade disponível de um bem de forma inversamente proporcional à utilidade do mesmo. De forma que, quanto maior a quantidade disponível de um bem, menor será o valor que os indivíduos atribuem a ele Este trabalho visa como objectivo, perceber a versatilidade e a funcionalidade da teoria subjetiva do valor na demanda e disponibilidade de algum produto, para alcançar o desenvolvimento económico de um País.
METODOLOGIA
Para este
trabalho foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica, em que o autor se subsidia
a material e informações de outras pesquisas de outros autores.
DESENVOLVIMENTO
Enquanto a
versão desta teoria foi criada independentemente e quase em simultâneo e
por William Stanley Jevons, Léon Walras e Carl Menger na segunda metade do século XIX, já tinha
sido notificada na Idade Média e no Renascimento, mas sem ganhar aceitação unânime nessas épocas.
Alguns
economistas clássicos como Jean-Baptiste Say também haviam produzido uma teoria do valor
baseada na utilidade, que não foi aceita na época. Outros economistas
como Nassau William Senior e Jeremy Bentham também produziram uma teoria de utilidade que,
por sua vez, influenciou o economista William Stanley Jevons.
A Teoria do Valor-trabalho
Adam Smith (1723 – 1790), foi um
filósofo e economista britânico nascido na Escócia. Teve como senário para sua
vida o atribulado século das luzes, o seculo XVIII. É o pai da economia
moderna, e é considerado o mais importante do liberalismo económico.
A Teoria do
Valor-trabalho propõe a quantidade de trabalho empregada em um determinado
produto como a causa de seu valor de troca. Adam Smith a desenvolveu em sua obra A
Riqueza das Nações, considerada como a obra fundadora da economia
clássica.
O valor real de cada coisa, para a
pessoa que a adquiriu e deseja vendê-la ou trocá-la por qualquer outra coisa, é
o trabalho e o incômodo que a pessoa pode poupar a si mesma e pode impor a
outros. O que é comprado com dinheiro ou com bens, é adquirido pelo trabalho,
tanto quanto aquilo que adquirimos com o nosso próprio trabalho.
— Adam Smith, A Riqueza das
Nações, 1776
Porém, Adam
Smith implicou uma limitação à essa teoria. De acordo com ele, nem sempre seria
possível aplicar a quantidade original de trabalho empregado como uma medida
totalmente objetiva a respeito do valor real de uma mercadoria.
Entretanto,
embora o trabalho seja a medida real do valor de troca de todas as mercadorias,
não é essa a medida pela qual geralmente se avalia o valor das mercadorias.
Muitas vezes é difícil determinar com certeza a proporção entre duas
quantidades diferentes de trabalho. Não será sempre só o tempo gasto em dois
tipos diferentes de trabalho que determinará essa proporção. Deve-se levar em
conta também os graus diferentes de dificuldade e de engenho empregados nos
respetivos trabalhos.
— Adam Smith, A Riqueza das
Nações, 1776
Teoria de salário
Os
salários são os pagamentos do equivalente pelo equivalente. O ganho do empregador
(mais-valia) e, portanto, a diferença entre o
valor da força de trabalho e o
valor que a força de trabalho
cria.
—Cfr. Salário, preço e lucro, ed. Cit. 58/59
David Ricardo (1776 – 1823), foi um economista e político britânico,
considerado um dos mais influentes economistas clássicos ao lado de Thomas
Malthus, Adam Smith e James Mill. Ricardo e sua família tem origem sefarditas
que remontam a Holanda e Portugal.
Teoria de valor
Em seu livro
"Princípios de Economia Política e Tributação", David Ricardo apresenta uma análise a
respeito do valor das mercadorias. Rejeitando a utilidade como causa do valor
ele chega à conclusão de que as medidas para o valor seriam a quantidade de
trabalho socialmente necessária empregada em um produto e/ou de sua escassez.
Como se
disse, os princípios começam com a afirmação de que o valor de uma mercadoria
“depende da quantidade relativa de trabalho que e necessária para a sua produção”.
Teoria de lucro
A taxa de lucro para acumulação de
capital é, por isso mesmo, para a determinação das condições de desenvolvimento
continuado das economias capitalistas.
Teoria de Valor de Trabalho
Karl Marx
(1818 – 1883), foi um filósofo, economista, historiador, sociólogo, teórico
político, jornalista e revolucionário socialista alemão, nascido em Travers na
Prussia, Max estudou direito e filosofia nas universidades de Bona e Berlim.
Através das
teorias elaboradas por economistas clássicos, o famoso economista
socialista Karl Marx desenvolveria uma própria
teoria do valor baseada no trabalho empregado às mercadorias. Dessa forma, ele
também desenvolveria a sua teoria da Mais-Valia, com o propósito de oferecer uma
explicação objetiva a respeito da exploração do proletariado sob o
capitalismo. Vale lembrar que a teoria do valor-trabalho de Karl Marx não
implica exatamente a quantidade de trabalho empregada, mas sim a
"quantidade de trabalho socialmente necessária (em uma certa época, com
uma certa tecnologia de produção e com certas condições sociais) empregada em
um determinado produto" como a causa do valor.
Teoria de Valor
Poderia
parecer que, se o valor de uma mercadoria é determinado pela quantidade de
trabalho posto na sua produção, quanto mais desajeitado se for, mais valiosa se
torna a mercadoria, porque é maior o tempo de trabalho requerido para acabar a
mercadoria. Isso seria, no entanto, um erro lamentável. Recordar-vos-eis que
usei a expressão “trabalho social”, e são muitos os aspectos envolvidos nessa
qualificação de “social”. Ao dizer que o valor de uma mercadoria é determinado
pela quantidade de trabalho aplicado ou cristalizado nela, significamos a
quantidade de trabalho necessário para a sua produção em um dado estado da
sociedade, em certas condições sociais médias de produção, com uma dada
intensidade social média e habilidade média do trabalho empregado.
— Karl Marx, Salário, Preço e
Lucro, 1865.
William Stanley Jevons (1835 - 1882), nascido em Liverpool na Inglaterra,
inicialmente estudou física e Matemática, entre os anos de 1854 – 1857, morou
em Sidney. Retornando a Inglaterra, passou a estudar Filosofia e Moral,
posteriormente ensinou logica e economia em Manchester. Por fim foi professor
de economia na London University College.
Teoria de trabalho
A
intensidade do trabalho, porém, pode ter mais de um sentido: pode significar a
quantidade de tarefa realizada ou o sofrimento do esforço de realiza-la, deve se destingir cuidadosamente essas duas coisas,
sendo ambas de grande importância para a teoria. Uma é a recompensa, a outra e
a pena de trabalho. Ou melhor, como o produto só é de interesse para nós
enquanto possui utilidade.
Teoria de Valor
Para
Jevons o trabalho determina o valor apenas de forma indireta, variando o grau
de utilidade um bem por meio de um aumento ou diminuição de sua oferta.
Portanto, para esse autor o valor
depende directamente da
utilidade.
Mais tarde,
as análises de Adam Smith e David Ricardo seriam rebatidas e criticadas pelos
marginalistas, em especial Carl Menger e Leon Walras. Tanto a teoria
do valor-trabalho quanto a teoria da mais-valia de Karl Marx seriam rebatidas e
criticadas por Eugen von
Bohm-Bawerk.
Paradoxo da água e do diamante
Não há nada
de mais útil que a água, mas ela não pode quase nada comprar; dificilmente
teria bens com os quais trocá-la. Um diamante, pelo contrário, quase não tem
nenhum valor quanto ao seu uso, mas se encontrará frequentemente uma grande
quantidade de outros bens com o qual trocá-lo.
— Adam Smith, A Riqueza das
Nações, 1776.
Carl
Menger (1840-1921) foi um
economista Austríaco, nascido em viana foi fundador da Escola Austríaca.
Desenvolveu uma teoria de valor, a teoria da utilidade marginal, ligando-a á
satisfação dos desejos humanos.
Teoria de Valor
O
desenvolvimento da teoria subjetiva do valor foi em parte motivado pela
necessidade de resolver o paradoxo do valor que confundira muitos economistas
clássicos. Esse paradoxo, também chamado de descritivamente como o paradoxo da
água e do diamante, surgiu quando o valor foi atribuído a coisas com a
quantidade de trabalho que foi usado para a produção de um bem ou,
alternativamente, para uma medida objetiva da utilidade de um bem. A teoria de
que era a quantidade de mão-de-obra destinada a produzir um bem que determinava
seu valor provou ser igualmente fútil porque alguém poderia se deparar com a
descoberta de um diamante em uma caminhada, por exemplo, que exigiria trabalho
mínimo, mas ainda assim o diamante ainda pode ser valorizado mais que a água.
A teoria
subjetiva do valor foi capaz de resolver esse paradoxo ao perceber que o valor
não é determinado pelos indivíduos que escolhem entre classes abstratas de
bens, como toda a água do mundo versus todos os diamantes do mundo. Em vez
disso, um indivíduo atuante é confrontado com a escolha entre quantidades
definidas de bens, e a escolha feita por tal ator é determinada pelo bem que
uma quantidade especifica satisfaz a maior preferência subjectivamente
classificada do indivíduo, ou o fim mais desejado.
O valor que
um bem possui para um indivíduo é igual à importância que tem para ele aquela
necessidade (ou necessidades) cujo atendimento depende da disponibilidade do
bem em questão. [...] O valor de um diamante independe totalmente de ter sido
ele encontrado por acaso ou ser o resultado de 1000 dias de trabalho em um
garimpo.
— Carl Menger, Principles of
Economics (Princípios de Economia), 1871.
Teoria de
Preço
A formação de preços foi determinada com base na
oferta e na procura, quando estava em equilíbrio, o preço do mercado era igual
ao preço de produção.
CONCLUSÃO
Por hipótese , suponha-se
uma loja de departamento que vende duas camisas. Ambas camisas são feitas do
mesmo material, segundo o mesmo processo de produção que demorou o mesmo tempo
de trabalho, sendo feitas pela mesma empresa. No fim, elas tem o mesmo custo de
produção. Porém uma está estampada com um padrão axadrezado e a outra camisa
xadrex do que a camisa listrada, mesmo sendo idênticas fisicamente, por esta
razão podemos perceber e concluir que o valor de um produto está na tendência
social e de cada individuo de acordo com a sua necessidade em adquirir o
produto, ou seja, o valor do produto está em cada indíviduo.
REFERÊNCIAS
Adam Smith, A Riqueza das Nações, 1776
Karl Marx, Salário, Preço e Lucro, 1865
Carl Menger, Principles of Economics
(Princípios de Economia), 1871
Stigler, George (1950) 'The
Development of Utility Theory. I' The Journal of Political Economy
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